Thursday, November 22, 2007

Cara ou coroa? Perdoem o uso de linguagem imprópria e aproveito para avisar quem o queira evitar.



























Em Portugal escrever português
Manejar a língua de forma cortês
Explorar os sinónimos capazmente
Mexer os antónimos inevitavelmente

Exprimir um sentimento
Sempre o mesmo objectivo
Transmitir uma emoção
Fazer chover a monção

Procurei por planícies
Percorri serras e cidades
Em nome do Ulisses
E da sua forte lealdade

Homero impôs seus versos peritos
E o mundo ditou que não seriam finitos
A história que se passa da pai para filho
Tal é a grandiosidade deste típico sarilho

Erudito, pseudo intelectual
Um banho de merda e saber banal
Que se desconstroí tal pedra filosofal

O rato roeu a rolha do rei da russia
Três tristes tigres
As armas e os barões assinalados
Amor é fogo que arde sem se ver

E=mc2
soma dos quadrados dos catetos=hipotunusa
Carpe diem
Persona non grata

E que se foda o saber geral, a piada de se reconhecer algo típico como o desespero de uma mulher diante de um tampo de uma retrete levantado. Que se respeite o jogador de futebol por usar sempre as mesma expressões pois não somos de todo diferentes. A hipocrisia das massas satisfeitas a engolir o bolo alimentar de um orc que sabem bem o quão é asqueroso mas negam a capacidade de mudança e estranham a diferença. Que caiam num mar de incesto desenfreado para a inevitável degenaração a caminho de um exército de anormais com mais libido e resistência que um leão em época de acasalamento, anormais bêbados e paranoícos com dinheiro, excêntricos que darão um significado inteiramente novo á palavra disfuncional. Os que esperansosamente tombaram nesta pocilga geneológica são os encharcados em dinheiro que pelo seu conforto negam as dificuldades da vida e julgam-se capazes de entregar comentários incisivos e perspicazes sobre uma sociedade que se julgam acima, e que felizmente estão, bem afastados do meio onde se os evita e desdenha. Comunista, eu? O caralho! Baseio as minhas palavras em factos e putos mimados que não experimentam o sumo da vida, sugam em vez o tûtano da sua indiferente passagem e recepção da fortuna de seus pais, quase invariavelmente gastando-as em bens súperfluos e impensáveis de se lamentar a perda: "Ai o meu tanque de tubarões, não mais poderei atirar carpinteiros ou homens sujos donos de mobília kitch e deliciar-me enquanto oiço e gravo os seus berros rústicos e rezas a deuses que não ligam pêva a tais plebeus de baixo rendimento." E pronto, extinguirei agora este inútil incurso pelo estudo e desrespeito social, feliz de ter conseguido atingir o mesmo. 

Juntem-me noutro dia para irmos mais longe na compreensão e insulto ao senhor que pisa merda em cada passo que dá e se encontra demasiado preguiçoso e distraído para se incomodar de raspar os excessos que lhe atingem o joelho tornando a sua passagem pelo campo uma miragem para moscas que crêem avistar o monte olimpo da podridão, sou o Frederico Raskolnikoff, até á próxima, boa noite. 

Sunday, November 18, 2007

Rest my darling, rest.


The sky is the limit
And gravity there's none
I dream of a day you will be mine

As sure as rain in april
As sure as the sweetness in maple
We will be having fun

A quest of self education
Practice to ensure your admiration
A tender kiss I thrive for
Cause of your love i do seem poor

Please give in my lovely lady
"Rapariga" a name used maybe
In excess, no doubt the knight
On a saddle, on a horse
Of white and satin skin

Shan't not arrive
My dear I pray
You see in me
This man born may

I believe in a devotion
I believe in my submission
I dare not question
You are perhaps my mission

Not a black op
Or a secret plan
An objective
Outlined by a fan

Enough, enough i tell you
I won't grovel, I won't moan
But I lie, i shall, I will
For you i would undoubtebly die.

The deceased are happy
With what they´ve overcome
Peace of mind and eternal rest
I want to be unborn mum.

Again I lie
I want not to perish
I'll see it through
If it's the last thing i do

And I'll sing so merrily
As the men craving Marilyn
And I´ll raise my glass
To my lovely, lovely lass.

Wednesday, November 14, 2007

Magdaleine.


21 de Setembro, agora já só falta um ano. Passei 5 longos anos num liceu, sem eventos, semelhante ao meu mundo, numa palavra, secante. Tive 4 namoradas, 1 durante 1 dia, encontrei-a num banco na praça dedicada ao maior escritor português. Eu vinha do Bairro alto com a minha “possie” de otários. Com litrosas numa mão e cigarros sorridentes na outra. Janados, atrofiados, má gente. Nem vale a pena explicar, a história agora não se foca nisso. Lembro-me de um deles estar a rir que nem um surdo, tanto que caiu. Claro que se começou tudo a rir e a fazer aquela coisa patética de se refastelaram no chão uns em cima dos outros a extasiar de riso. Eu, pessoalmente não me entusiasmo com isso. Fiz um sorriso inevitável de quem acha graça mas não ri, desviei o olhar e lá estava ela, Infinitamente mais bonita do que estava a fazer, o que seria se não fosse. Cheguei-me perto, com cuidado para não apanhar com nada e perguntei - “Tá tudo?”

Ela sorriu com os olhos, visto que agora estava com a boca cheia de grego. Mas no entanto, digo e volto a dizer que a simbiose entre os bocados de comida regurgitados e o seu ar de morte casual e oprimida. Passam despercebidos. Não há muitas que consigam.

“Espera aí.” Fui a um restaurante numa esquina ali perto buscar uns guardanapos e quando voltei não estava lá. Dei a volta a estátua e lá estava a rapariga de olhos verdes que esconde um preto. Dei-lhe e ela gesticulou um agradecimento.

“Estás bem?” Ao mesmo que seria frio tratá-la por você, sentia-me estranho trata-la por tu, algo não batia bem. Depois olhei com mais atenção e percebi. Respeitava-a e estava intimidado pela sua presença. Ela tinha um metro e 78, por volta de, aparentemente alargado por ter as pernas estendidas no degrau. Estava vestida de cocktail de noite, preto que deixava adivinhar levemente um decote. Era comprido mas não ao ponto de esconder uns sapatos de salto alto verdes escuros da cor dos seus olhos. O vestido não tinha mangas mas ela usava luvas pretas compridas e um xaile a condizer com os seus sapatos. Tinha também um elemento transformador, um colar de pérolas comprido mas enrolado em duas voltas, uma que descia mais que a outra. O seu cabelo estava numa forma que em tempos tinha sido destinada a ser uma bola atrás da nuca. O cabelo apanhado sem complicações, prático. “Estás sozinha?”

“Aparentemente.”

“Queres que te leve a casa? Pode ser que seja um psicopata de sangue frio mas vais ter de confiar na minha palavra ao dizer que sou um tipo honesto que não faria mal a uma vespa.”

“Vespa?”

“Sim, odeio vespas.” Sorri acompanhado de um charme treinado muitas vezes em casa. Consegui. “Magdaleine” E estendeu-me a mão.

“Luís, no strings attached” Tirei a camisola e dei-lhe, peguei-lhe na mão para a levar a minha vespa. Ela não conseguiu. Peguei nela e senti-me revitalizado, como se tivesse bebido um compal e feliz da maneira tranquila mas verdadeira quando ela enrolou o braço nos meus ombros. Olhei para ela antes de começar a andar.

“Segura?” E com a resposta dela pensei como é possível alterar-se uma pessoa com uma expressão facial.

“Onde é que moras?” Perguntei depois de pôr o capacete e demorar dois minutos a aquecer a mota, o chaço.

“Ali.” Disse-me ela enquanto apontava para o prédio do outro lado da rua.

“Leva-me contigo.” Disse com um ar desesperado e na maneira de quem age por impulso. Pensei, repensei, continuei a pensar.
”Mas…” Continuei a pausa. A minha cabeça envolvia-se num turbilhão de ideias, teorias, pensamentos, momentos repetidos, contínuas banalidades!

“Está bem” Desci com ela até ao Cais de Sodré e dirigi-me ao Clube Naval de Belém. Estava lá. O carro do meu tio. Sabia guiar desde os 12 anos devido a ter uma casa no campo, estas pequenas coisas. Peguei nas chaves do carro no pneu de trás, abr e liguei o carro. “Tens a certeza?” Ela não disse, apenas consentia. “Queres ser a minha namorada?” e ela como se fosse uma pergunta do dia - a – dia retorquiu
”Está bem!” Recuei do espaço e entrei para a marginal. Guiei sem rumo e preocupação. Magdaleine pôs com conforto a sua mão na minha que estava nas mudanças. Passado uma hora de conversa cansada mas entretida sem sentido ela adormeceu. Havíamos chegado à saída para Grândola. Virei e estacionei o carro num parque de uma igreja para passar a noite. Eram 4 da manhã. Saí do carro e dei a volta pela frente. Tirei-a do banco da frente e deitei-me com ela na mala do carro depois de tirar os bancos de trás. Ela era o ser mais bonito com quem eu alguma vez tinha passado a noite na minha vida. Adormeci a pensar no que seria, do que estava para vir. “Luís? Luís acorda” Que sonho a minha querida ainda estava comigo. Abri os olhos. Era a minha mãe e descobri mais tarde o pai da Magdaleine. Despedi-me dela e entrei no carro da minha mãe preparado, ou não, para ouvir um sermão de meia noite. Este é o primeiro conto da minha vida de liceu.

Sunday, November 4, 2007

Emancipation of the self.

Quem sou eu sem ti senão um prenuncio da nulidade?

Para corresponder a quem quiser ter algo correspondido.

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