Friday, September 5, 2008

Dissertações hospitaleiras

Após dias árduos de tarefas camponesas levadas a cabo por rapazes sem as mínimas destrezas aconteceu o fatal.
Foi contra uma planta num carro de outrem e não pintou a manta porque teria ficado mal.
Intervenção divina a sua sobrevivência?
Merecedora de escárnio a sua displicência?

Castigada a sua inconveniência com semanas no hospital,
Engessada a sua perna por se ter portado mal.
Agora em casa da vovó mimado até ao fim
Quando confrontado com a questão do conforto a resposta e sim.

Ansioso no entanto para sua liberdade chegar
Nesse dia sim o rapaz irá chorar
Lágrimas de felicidade, choros de alteração de rotina
Gotas de raiva, mad! Escorrem até a menina.

Menina esta, mas quem será
Qual e o objectivo deste nosso jacarandá?
Pequenina e sublime no seu senso comum
Ou belíssima e inconsciente da sua vida que se torna num pum.

A decisão e complicada no entanto atingível e visto que se põe em hipótese uma alem de outra a devoção deve ser meramente incredível.
Mas suponhamos após meses e anos de rejeição absoluta que num dia escuro de inverno ele se transforma numa gruta. Querem as duas abrigo, querem-se as duas recostar. Ele vai deslizar a pedra ou mais uma vez ficar a olhar?

A pedra deslizada cada menina num braço da cúpula diferente
Trocas lancinantes de olhares perturbados e senhores sem duvida também perturbadores. Seu braço esquerdo abana com vigor e o direito vibra com clamor, agora com a palavra amor não se adequa na procura da resposta pois ambas são feitas com a sílaba nua.

Chegou altura de dar estes trocadalhos por termine pois tenho de beber um trago de saké.
Se a vos vos agradou a recitação da minha miséria que vos caia em cima um bicho da “malér”a"