Saturday, December 29, 2007
Natal, Natal... Natal
Será que se acham interessantes por rejeitar o período mais ansiado por o resto do globo?
Uma altura em que todos estão receptivos aos defeitos e peculiaridades uns dos outros, em que se faz um esforço para decorar o ambiente a nossa volta e nem é preciso referir a grande vantagem do natal: celebrar o nascimento do menino jesus.
Talvez se possa admitir que se torne por vezes caótica a demanda pelos presentes e a investigação que decorre de forma discreta para se saber os desejos dos nossos familiares ou amigos. Outro mal que chega a Portugal na época de natal são os imigrantes mas eles também acabam por não chatear ninguem por que ficam na deles extasiados com qualquer mudançazinha na sua cidade natal:
-"Olha Esther o metro estendeu-se-me até santa ápólónia! Já biste? Agora podemos ir buscar o anacleto e o venceslau pelo subórbano!"
Mas volto aos pontos positivos, o espírito ainda que muitas vezes forçado que brota do mais profundo ser dos nossos interiores é deveras belo, lindo!
Por isso, deixo aqui um manifesto como gosto muito de fazer, um atentado terrorista aos que fazem escárnio de uma tradição vital para as nossas vidas e importante para as nossas importâncias.
Feliz Natal e um Bom Ano Novo e que o Camionista Glamour, o Médico Pastôr e o Professor Analfabeto vos Acompanhem!
Thursday, November 22, 2007
Cara ou coroa? Perdoem o uso de linguagem imprópria e aproveito para avisar quem o queira evitar.
Manejar a língua de forma cortês
Explorar os sinónimos capazmente
Mexer os antónimos inevitavelmente
Exprimir um sentimento
Sempre o mesmo objectivo
Transmitir uma emoção
Fazer chover a monção
Procurei por planícies
Percorri serras e cidades
Em nome do Ulisses
Sunday, November 18, 2007
Rest my darling, rest.
The sky is the limit
And gravity there's none
I dream of a day you will be mine
As sure as rain in april
As sure as the sweetness in maple
We will be having fun
A quest of self education
Practice to ensure your admiration
A tender kiss I thrive for
Cause of your love i do seem poor
Please give in my lovely lady
"Rapariga" a name used maybe
In excess, no doubt the knight
On a saddle, on a horse
Of white and satin skin
Shan't not arrive
My dear I pray
You see in me
This man born may
I believe in a devotion
I believe in my submission
I dare not question
You are perhaps my mission
Not a black op
Or a secret plan
An objective
Outlined by a fan
Enough, enough i tell you
I won't grovel, I won't moan
But I lie, i shall, I will
For you i would undoubtebly die.
The deceased are happy
With what they´ve overcome
Peace of mind and eternal rest
I want to be unborn mum.
Again I lie
I want not to perish
I'll see it through
If it's the last thing i do
And I'll sing so merrily
As the men craving Marilyn
And I´ll raise my glass
To my lovely, lovely lass.
Wednesday, November 14, 2007
Magdaleine.
21 de Setembro, agora já só falta um ano. Passei 5 longos anos num liceu, sem eventos, semelhante ao meu mundo, numa palavra, secante. Tive 4 namoradas, 1 durante 1 dia, encontrei-a num banco na praça dedicada ao maior escritor português. Eu vinha do Bairro alto com a minha “possie” de otários. Com litrosas numa mão e cigarros sorridentes na outra. Janados, atrofiados, má gente. Nem vale a pena explicar, a história agora não se foca nisso. Lembro-me de um deles estar a rir que nem um surdo, tanto que caiu. Claro que se começou tudo a rir e a fazer aquela coisa patética de se refastelaram no chão uns em cima dos outros a extasiar de riso. Eu, pessoalmente não me entusiasmo com isso. Fiz um sorriso inevitável de quem acha graça mas não ri, desviei o olhar e lá estava ela, Infinitamente mais bonita do que estava a fazer, o que seria se não fosse. Cheguei-me perto, com cuidado para não apanhar com nada e perguntei - “Tá tudo?”
Ela sorriu com os olhos, visto que agora estava com a boca cheia de grego. Mas no entanto, digo e volto a dizer que a simbiose entre os bocados de comida regurgitados e o seu ar de morte casual e oprimida. Passam despercebidos. Não há muitas que consigam.
“Espera aí.” Fui a um restaurante numa esquina ali perto buscar uns guardanapos e quando voltei não estava lá. Dei a volta a estátua e lá estava a rapariga de olhos verdes que esconde um preto. Dei-lhe e ela gesticulou um agradecimento.
“Estás bem?” Ao mesmo que seria frio tratá-la por você, sentia-me estranho trata-la por tu, algo não batia bem. Depois olhei com mais atenção e percebi. Respeitava-a e estava intimidado pela sua presença. Ela tinha um metro e 78, por volta de, aparentemente alargado por ter as pernas estendidas no degrau. Estava vestida de cocktail de noite, preto que deixava adivinhar levemente um decote. Era comprido mas não ao ponto de esconder uns sapatos de salto alto verdes escuros da cor dos seus olhos. O vestido não tinha mangas mas ela usava luvas pretas compridas e um xaile a condizer com os seus sapatos. Tinha também um elemento transformador, um colar de pérolas comprido mas enrolado em duas voltas, uma que descia mais que a outra. O seu cabelo estava numa forma que em tempos tinha sido destinada a ser uma bola atrás da nuca. O cabelo apanhado sem complicações, prático. “Estás sozinha?”
“Aparentemente.”
“Queres que te leve a casa? Pode ser que seja um psicopata de sangue frio mas vais ter de confiar na minha palavra ao dizer que sou um tipo honesto que não faria mal a uma vespa.”
“Vespa?”
“Sim, odeio vespas.” Sorri acompanhado de um charme treinado muitas vezes em casa. Consegui. “Magdaleine” E estendeu-me a mão.
“Luís, no strings attached” Tirei a camisola e dei-lhe, peguei-lhe na mão para a levar a minha vespa. Ela não conseguiu. Peguei nela e senti-me revitalizado, como se tivesse bebido um compal e feliz da maneira tranquila mas verdadeira quando ela enrolou o braço nos meus ombros. Olhei para ela antes de começar a andar.
“Segura?” E com a resposta dela pensei como é possível alterar-se uma pessoa com uma expressão facial.
“Onde é que moras?” Perguntei depois de pôr o capacete e demorar dois minutos a aquecer a mota, o chaço.
“Ali.” Disse-me ela enquanto apontava para o prédio do outro lado da rua.
“Leva-me contigo.” Disse com um ar desesperado e na maneira de quem age por impulso. Pensei, repensei, continuei a pensar.
”Mas…” Continuei a pausa. A minha cabeça envolvia-se num turbilhão de ideias, teorias, pensamentos, momentos repetidos, contínuas banalidades!
“Está bem” Desci com ela até ao Cais de Sodré e dirigi-me ao Clube Naval de Belém. Estava lá. O carro do meu tio. Sabia guiar desde os 12 anos devido a ter uma casa no campo, estas pequenas coisas. Peguei nas chaves do carro no pneu de trás, abr e liguei o carro. “Tens a certeza?” Ela não disse, apenas consentia. “Queres ser a minha namorada?” e ela como se fosse uma pergunta do dia - a – dia retorquiu
”Está bem!” Recuei do espaço e entrei para a marginal. Guiei sem rumo e preocupação. Magdaleine pôs com conforto a sua mão na minha que estava nas mudanças. Passado uma hora de conversa cansada mas entretida sem sentido ela adormeceu. Havíamos chegado à saída para Grândola. Virei e estacionei o carro num parque de uma igreja para passar a noite. Eram 4 da manhã. Saí do carro e dei a volta pela frente. Tirei-a do banco da frente e deitei-me com ela na mala do carro depois de tirar os bancos de trás. Ela era o ser mais bonito com quem eu alguma vez tinha passado a noite na minha vida. Adormeci a pensar no que seria, do que estava para vir. “Luís? Luís acorda” Que sonho a minha querida ainda estava comigo. Abri os olhos. Era a minha mãe e descobri mais tarde o pai da Magdaleine. Despedi-me dela e entrei no carro da minha mãe preparado, ou não, para ouvir um sermão de meia noite. Este é o primeiro conto da minha vida de liceu.
Sunday, November 4, 2007
Emancipation of the self.
Para corresponder a quem quiser ter algo correspondido.
300
Wednesday, September 19, 2007
A loaf for man kind
Be gazed upon again
Never has there been the question
Of why, where and when.
The why comes simply ‘cause
The hunger beast has bitten
Abiding by a flow of loss
No plans, nothing written.
It’s set, of course
In a far away land
Where poverty’s a law
The king shouts and bellows
“Thou shalt not have mercy!”
As he reveals his mighty paw.
She was born so very long ago
Fantasy and mystic rules
A doubt of what awaits her frailty
In this tale of medieval blues
Passing down this vital story
From elder, to father, to son
In hope of an enlightenment
Of what would soon become
Of the world we live in
All will perish but her
Watching over empty streets
Amidst nothingness, the sir
In marble, of pearl
Her eyes resign
Never her wish
The world’s demise
Merely a loaf, she stole that day
With guilt invading, crushing
Intentions were a cry for help
Nonetheless, human race did pay.
Sunday, July 1, 2007
"Winston's fortnight in hell" (Prologue)
Wednesday, June 27, 2007
I guess indifference has become an issue once more.
Monday, June 25, 2007
Sunday, June 10, 2007
No breakfast in bed.
Saturday, June 9, 2007
Wednesday, June 6, 2007
Monday, May 21, 2007
Friday, May 11, 2007
Ascending to stardom.
Critics are still in the predicament of finding something bad about this girl, they are turning around their heads attempting to discredit the graceful lady that has so capably and subtlety made her way into their admiration. Her next movie will be a project developed by Fred Curtis, the man who has managed to convince her to come round Hollywood, the vision and immense brilliance of this man combined with the aphasic, depressive nonetheless jovial presence of Hanna can quite probably write yet another page in the recently ordinary cinema history.
James Earl Ray for The Daily Sun.
Saturday, May 5, 2007
Jasper can.
“You shot who in the what now?”
Probably in all of the 18 years of the show this is the best delivered line I’ve seen, I regret the fact I didn’t witness all the moments in the better known yellow family in the world, but this simple phrase said by Jasper Beardey in the opening of the seventh season is priceless, Waylon Smithers, assistant to Mr.Burns, after being falsely accused of shooting his boss comes to terms with the reality of having indeed shot a man the night of the crime. When the police escort him to Jaspers room in the retirement home, they find out that he shot a wooden prosthesis, doesn’t stop him from excusing himself for what can be considered a casual accident in certain super powers that attempt to dominate more than they are given. It is here that the old, debilitated and charismatic Jasper gives his line, in a manner known to any person who watches The Simpsons, it is also because of that detail that is so perfect in its comedy. The familiarity in what every single character is going to do next, and the way a whole show that has no objective or purpose, no continuity, just pure nonsense for twenty minutes can besides all this give a feeling of warmth and again family (something accomplished also by an English production of a family in Manchester: “Shameless” although it comes in different scales of politically incorrect scenes it is equally thrilling to watch, don’t however recommend to the weak of heart). I cant enhance sufficiently that geniality can be found in pure nonsense, I don’t mean to praise more than deserved a simple show but I give them, to whoever it may concern, the credit of being on air for 18 strapping, consistent, non stop authentic entertainement.
Tuesday, May 1, 2007
Grace.
Thursday, April 26, 2007
Like you called me, im a kid, mesmo que considerado por muitos como precoce sou ainda uma criança, a child craving for your forgiveness while standing on his own two feet. I feel no need to grovel, I do not worship the ground you step, but the fascination and the raw curiosity I have for you is genuine. There is more to be said although this is not how id rather spill my soul as a gent once put it. Words are not mine but rest assure I do not play you, I didn’t seek out to write another chapter in a still small book. There is no marvel in the prospect of a fuck, there is no fantasy in the intention of a conquest. Complication, a word I’m not an adept of, I tremble upon its path as I walk unaware at its side. Why was there need for such charades, why was there a detachment of what we lived so eagerly and in a floating manner in the first days. For me it would have gone on like that looking In your eyes and seeing nothing but the ultimate poem of every poet. I use the past tense in my words but not in my mind, its not as over as you want it to be. If you for one second think my disappearance has anything to do with the making of a new friend, that’s right a friend you are very wrong. My neighbour has nice ears and a pleasant taste in music, a patience of an angel, an ideal friend with a long term relationship with a drummer. I trust you believe in my words my fair lady and I call for a sweet rather than a sour feeling towards me. I feel that perhaps the best is to not plan anything ahead, rather awkward, in a small way, the fact that #$%&/#””!&… but I hope you feel welcome and once again encourage you to throw away any bitterness or resentment there may be in your mind. I am sorry.
Friday, April 20, 2007
Emancipation of the self.
Para corresponder a quem quiser ter algo correspondido.
300
Algo que me ligasse a luz
Um clarificar de ideias
Porque é que ela me seduz?
É provocativa, intriguista
Sou pai! Tenho filhos!
Uma mulher que amo
Uma vida promissora
Mas não dá, é preciosa
Indubitavelmente como uma rosa
Mil dias passarão
Até eu ver que foi em vão
Um piropo, uma noite
Uma vida estragada
Umas horas de prazer
Com uma menina mimada
Estou só, sem filhos
Sem mulher, sem dignidade
Nem Poe pode escrever
Esta trágica verdade
Vou-me, não venho
Da vida me despeço
Por ela, um ser perfeito
Fui-me, não venho
Thursday, April 19, 2007
Posso referir como exemplo uma certa figura paternal de um bebé luso-russo, cujo nome não irei de maneira nenhuma mencionar. Esta pequena verbalização de uma opinião sob a forma de uma provocação surge como uma tentativa de iniciar um embate entre dois titãs do “Bullshit writing”, um género literário criado pelo meu adversário. Mais belo que o romantismo, mais frio e expositivo que o realismo, mais épico que a epopeia, um género que vomita mais a alma que um poeta boémio com apenas a memória de um louvor. É apelativo. Let the games begin.
Tuesday, April 17, 2007
As teenagers we, to be more precise and less subjective about this matter, me and her, used to disguise our lack of interest in having a rebel, regular, music listening, dope smoking, ignorant go with the rest of the flock teenage life and try to enhance, create an image of mature security to lead those in the dark that we knew what the hell we were talking about.
Every situation that we pursued and turned out to be wrong, we knew from the start, we knew we were wrong, but felt the need to back our own ignorance up. Maybe a need to show a certain firmness, a strong hand, but now I realize that we just didn’t know better and insisted just due to the fact that it was what we did.
There was never, or once, a situation were we just gave up in the beginning, this was the right thing to do, but never, I say and repeat and stay by my ground when I tell and affirm that we never, ever thought we weren’t old or smart enough to handle it.
But I am no longer a teenager dwelling in the never ending pit of depression and insecurity and the revolving vicious cycle of the cliché in the before mentioned.
I know after an experience, a thrill that shaped the person I am today, that we were too young.
(To be converted to "Winston's fortnight in hell")
- “És mesmo boa pá.” Ela avança e dá-me um estalo. Eu rio-me, sorrio e digo:
-“Desculpa mas é que és memo boa.” Ela atinge-me novamente, eu avanço e á medida que me aproximo dela entalando-a entre mim e a porta ela dá-me outro estalo, e outro, e outro. Até que fica presa diante da sua única saída. Ela está num vestido de noite vermelho, elegante, comprido que deixa ver apenas o necessário para não se encarar como uma conservadora. Os braços, um ligeiríssimo decote e um corte que deixa o testemunho de breves momentos, um relance que sobe a sua perna em direcção á sua coxa, em direcção á sua intimidade. Ela olha para mim com um olhar reprovador no entanto incessante, intrigado. Eu encosto a testa á porta que nos esconde. Demonstrando a minha vulnerabilidade em oposição á minha maneira de ser que ela conhece e bem, calma e controlada. Deixo-me ficar apercebendo-me que ela está a pensar, como um pastor diante de uma equação. Ela não sabe o que fazer, o que dizer, não compreende o que pensar. As suas mãos frias que tentam acompanhar o seu sentimento deixam-se ficar descansando no meu pescoço. A minha cabeça que tinha se aproximado sem que a minha mente a tivesse controlado da sua clavícula, da sua pele entra outra vez em uníssono com um cérebro que me atraiçoara lentamente. Os meus olhos fechados abrem-se com a nitidez do meu pensar. Num movimento rápido mas não brusco estou novamente a olhar os contornos impessoais da sua expressão. Realizo que já não existe. O meu corpo que quer separa-se da minha mente que rejeita. Afasto-me dela e sem tempo para pensar uma segunda vez, considerando o ser diante de mim, digo:
-“Vai-te!” A minha própria cara a discordar com o meu cérebro, confuso e irritado.
-“Se faz favor, sai. O dia já vem longo e a noite que não se arraste.” A sua expressão é adequada mas a sua quietude não me é familiar. Num instante contraditório á lucidez que tanto me custara a alcançar aproximo-me dela, olhos nos seus olhos, passo a passo. Antes de dar o segundo passo ela vira-se e sai.